Imperatriz

Abriste o peito,

teu terno peito,

foste sincera,

meiga e feliz.

Viveste um lindo

tempo de palma

com muita calma,

Imperatriz.

Lançaste o hino

Felicidade

e o eco divino

chegou aos mares.

Quantos golfinhos

pularam ledos

como torpedos

varando os ares?

Assim, parado,

fiquei silente

observando

teu terno jeito.

Que mesmo errado

fiquei te amando

sendo o mais brando

farol perfeito.

Soltei milhões

de amarras fortes

que me prendiam

na escuridão.

E, mesmo cética

não vendo ainda

a coisa linda

do coração...

Quis amparar-te

em meu regaço,

ser baluarte

somente teu;

porem meus erros

brilham no escuro

enquanto juro:

"Tal eu morreu!"

Enquanto tu

dizes ferida

que o meu passado

vivido está.

Isso magoa

meu ser pungido

tendo sabido:

perdão não há!

Espero linda,

sinceramente,

que venha logo

meiga e feliz.

Perdoe o bardo

que não tem palma,

mas que te acalma,

Imperatriz.

E, cantaremos

Felicidade

sempre juntinhos

o nosso amor.

Espero sempre,

espero ainda...

Te juro linda:

serei fautor

que levará

à tua tenda

Felicidade,

bom sentimento...

Desculpe a carta

que escrevo agora,

porque nest' hora

é o meu momento

de revelar

meu escondido

pensar dileto

e tão feliz.

Espero tanto

que me perdoe

(que coisa boa!)

Imperatriz!

22/05/2012 20h45

Cairo Pereira
Enviado por Cairo Pereira em 27/05/2012
Código do texto: T3691616
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