Seu adeus
Seu adeus,
A mente não imaginava.
Os ouvidos tentaram não escutar.
A cabeça zonza rodava
e não conseguia pensar.
Mas os olhos estancaram as lagrimas
e um sorriso veio pra me socorrer.
A voz ficou quieta, calada,
não havia mais nada a fazer.
Bem sabia do desejo,
que a boca queria outro beijo,
mas firme ela não quis dizer.
A assim
então te soltaram os braços
e as pernas, pra não te seguir,
impediram os meus passos
e te deixaram ir.
E foi. Sem acenos as mãos tremiam.
E longe os olhos puderam folgar,
de tão encharcados mal viam.
A voz não me deixou gritar,
mas o heróico sorriso,
se desfazendo indeciso,
tão logo começou chorar.
O tempo passou,
mas o coração
ainda sem reação
teima em não entender,
e mesmo dilacerado
declara o coitado
que não vai te esquecer.