= Noite de amor infindo =

Eu a encontrei...

Era noite.

Não era qualquer noite!

Foi quando o meu coração procurava por abrigo.

Meus lamuriosos escritos

Falavam dos desenganos

Ao crepúsculo, meus poemas tristes

Já não mais sentia o perfume das rosas.

Meu coração regressava de um sonho

Cansado, abatido ultrajado.

Coração solitário é como andante

Vive de migalhas

Não descansa, nem avança

Se perde em qualquer lugar.

Sentindo, sede e fome

O frio congelante

Tornava-o lento, dolorido

Quase morrido.

Ah! Aquela noite...

Que noite!

Você veio em poesia

Sorriso gracioso

Beijou-me ardentemente a alma

Curou meu peito que sangrava

Desfez as cicatrizes

Saciou-me de amor

Deu-me você por abrigo

Mostrou-me os caminhos lindos

A serem percorridos.

Meus versos

Não mais jorraram lágrimas.

Ah! Aquela noite...

Que noite!

O que vai suceder

Nem os versos revelam.

Acredito saber agora para onde caminhar.

Ainda que nada aconteça

De ti, talvez eu nunca mais esqueça

Sei só, ou só sei,

Que nunca mais estarei sozinho.

Ah! aquela noite...

Que noite!

Noite linda de amor infindo.

Tonho Tavares

toninhotav@hotmail.com

ANTÔNIO TAVARES
Enviado por ANTÔNIO TAVARES em 25/05/2012
Reeditado em 27/05/2012
Código do texto: T3688322