Regresso
Não existe mais tempo
nem ao menos oxigênio
apenas a estranha sensação
do vazio que me cerca
meu coração se aperta
É como já não existisse no peito
talvez já não aja mais peito
nem chão, nem jeito
como se o sentido fosse nada
e eu fosse ausência de tudo
e toda a porta esta fechada
Tateio nesta noite escura
e cada passo eu imploro a cura
para esta dor que não tem tamanho
Não há remédio nem cura
a cada gesto eu me procuro
a cada passo eu até juro
quero sarar e regressar
ao ventre materno
e naquela paz que eu tive um dia
ouvir o coração bater como um martelo
Tum...Tum...Tum...