Quando amores se apartam
Quando amores se apartam,
desaparecem entre as folhas
e as sombras dos coqueiros.
Correm ladeiras abaixo;
deslizam as dunas nas alturas,
e na fina palma das mãos.
Eu me acho e rio.
Deus desce as ondas,
de Canoa Quebrada.
Com ares de mandão,
leva para longe
o sol do Ceará.
As férias chegaram ao fim.
Na bagagem, levo
as roupas mal lavadas
e no rosto amorenado,
restos de lágrimas.