Quando amores se apartam

Quando amores se apartam,

desaparecem entre as folhas

e as sombras dos coqueiros.

Correm ladeiras abaixo;

deslizam as dunas nas alturas,

e na fina palma das mãos.

Eu me acho e rio.

Deus desce as ondas,

de Canoa Quebrada.

Com ares de mandão,

leva para longe

o sol do Ceará.

As férias chegaram ao fim.

Na bagagem, levo

as roupas mal lavadas

e no rosto amorenado,

restos de lágrimas.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 23/05/2012
Código do texto: T3684283
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