Ilusões desse Amor
De repente o seu perfume adentra o quarto,
Preenche meus sonhos,
Embebeda meus desejos,
Adentra minhas narinas,
Paira no coração.
Minha boca saliva,
um frio na barriga
uma doce e estranha sensação.
Você advém do meu mágico sentimento,
Do mais louco pensamento,
Do meu desejo em cio.
Perfume de flor,
De anjo,
De um passado presente,
De estranho amante eloquente
Desse desejo vadio.
Derramando sua boca em meus seios que se esguiam.
Meu corpo treme...
De desejo,
De bem querer
De frio.
E teu perfume adentra
O quarto, a cozinha, a sala,
E entre a multidão de sentidos minha alma que outrora vazia.
Agora peca a desejar teu corpo num perfume gostoso,
Numa névoa que incendeia minha noite.
E para sempre nessa madrugada que dura
Serei tua...
Impura,
Serva,
Rainha.
Sonho? Loucura? Saudade ou inquietude?
Tua alma eu beijo face a face em ternura.
Num gozo de amor,
Numa gota de orvalho na flor
E na lágrima nesse versos marcados
Pela chama que queima a página
e lhe escreve em doce ilusão que raiou.
Paula Belmino