LÁGRIMA NEGRA (Versão de 2007) - poema misto de amor e Tristeza -

A Ti, por mero acaso e para a próxima que se seguir…Poema 968 do presente e dos tempos que se vão seguir…A caminho do mítico Poema 1000…

LÁGRIMA NEGRA

(Versão de 2007)

Nas minhas cogitações

Intimas

Confusas

Difusas

Sei que vales a pena

Derramo-te quando me sinto demasiado

Lágrima Negra

Eterna escrita, proscrita

Perene poema

Amo-te

E choro-te

Lágrima Negra

Porque o tempo

É algo de difuso

Que me consome

Mas ao qual

Sou invulnerável

Nessa coisa estranha

Que perante

O Invisível

Que desconheço

Sinto palpável

E quantas caras

Quantos rostos

Quantos corpos

Passaram por mim?

És apenas mais uma

Porque há amores

Instáveis

Assim…

E quantas mais se seguirão

Nesta tormenta infinita

Que faz a minha alma andar enganada

De querer um lugar

Afectiva onde possa estar parado

Sabendo

E sentindo

No entanto

Que tal honra comum

A mim nunca será dada

Nessa busca insana

Que me fez perder

Preciosos momentos

Como se perdem

Lágrimas na chuva

Luto, caio

E me levanto

Recriando

A cada nova aurora

Velhos e novos sentimentos

E o estranho

É que quando amo

Ardo com a intensidade

De mil sóis

E quando deixo de amar

Sinto um vazio

Que outra

Lentamente

Irá ocupar

Para me lançar

Nas dúvidas de sempre

Em velhos erros cometidos

Num filme

“deja vu”

Cujo final

É sempre o mesmo

É sempre repetido

E mil auroras

Me irão

De novo saudar

Num luto

Antecipado

Pela vitima recíproca

Que hei-de de seguida amar

E é então…

É então que olho para esse futuro

Em copos

Demasiados cigarros

E bem recordadas noitadas

Pela próxima

Que hei-de perder

Mesmo antes

De a ter

Meu amor

Minha querida amada

Que vou voltar

A encher

De mimos

E muitos exageros

Presentes

E palavras imensas

Que significam apenas

“Que te quero”

E é então…

Que esse amor

Se vai transformar

No lugar comum da dor

E em mais um poema

Voltando eu ao mesmo

E na altura da perda

Destilar

Lágrimas Negras