Sou a Poesia
Meu nome, pouco importa,
posso numa mesa sorrir,
em outra chorar, gritar, contar ao mundo
que nasci da luz ou do breu,
da fé ou da desavença vermelha!
Pelos botequins,
sou a dançarina renascendo na alma,
criada no vinho, na centelha,
nas chamas que brilham com o olhar,
no cálice virado sobre o degrau!
Não tenho cor ou religião,
há todo instante sou seduzida ou sedutora
migrando de mãos magicas
que nem nas entrelinhas me deixam sem uma palavra
trazendo na essência a profundeza do sentir!
Ouço com perfeição
o que diz um coração pulsando
como um blues ou anelado a metáfora,
a canção das estações, aquela canção
que todos querem ouvir mesmo que seja
em seus prantos pequenos,
ou ainda em silêncios onde o amor
sempre é a minha lei!
Auber Fioravante Júnior
22/05/2012
Porto Alegre - RS