Morrer

Eu estou apenas acabando

acabando como um absurdo ato racional

minhas mãos tão frágeis tateiam brando

como todos, eu sou igual

Eu procuro o que é sem importância

esta coisa que acho pura, que nunca foi

e se foi, apenas um momento, foi

no momento da singularidade humana.

Uma estranha e terrível sensação

que engana e sempre engana

primeiro euforia, depois decepção

Procuro Deus em cada pedra

afasto os bancos da praça

eu bebo o sangue da taça

que já secou na eternidade do meu pensamento.

E eu me desintegro, deixando partes no caminho

assim como sempre, vou morrer

aqui e sozinho.

alex

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 21/05/2012
Código do texto: T3679817
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