Cansada da caminhada
parei e olhei atrás
Sentei, respirei e senti a dor
Pernas por que correstes?
Olhos por que não olhaste
a vida que passou?
Deitei na margem do rio
ainda esperando de ti o ardor
Quem sabe ele nem existe!
Ou será que escondido está
na lágrima que fingida
vi em teu rosto a desdenhar?
Minha agrura vejo refletida
pela lua nas águas deste rio
que silencioso seu leito oferece
 a me acolher quase sem vida
Pela manhã acordam meus sonhos
brotando como botão em flor
mas a noite quando chega
trazendo consigo o pranto
do cansaço da longa espera
do calor.... do teu calor... Oh, que torpor?
Ah! Se eu soubesse
que esta espera não tinha fim
continuaria meu caminhar
sem deitar e sem lastimar
De certo dobraria a esquina
encontraria você meu dileto
que com afago ofereceu seu peito
para minha cabeça reclinar 





 
Maria Celene Almeida
Enviado por Maria Celene Almeida em 21/05/2012
Código do texto: T3679391
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