Ah, esse amor
Ah, esse amor
Que de tal maneira me provoca
Brota desse meu peito sufocado
Ah, coração mimado
Que em meu controle me controla
Esse eterno descontrolado
Ah, esse amor
Que Inebria meu corpo
Desperta meu íntimo
Ah, suor atrevido,
Que foge pelos poros
Respondendo a tantos instintos
Cega-me, e acende meus olhos
Ah, esse amor
Que levemente me toca
Feito ave, suave, sereno
Outrora agressivo, arredio, feito veneno
Ah , esse amor boêmio,
Abusado e tão tímido
Esse sentimento que é puro e ao mesmo tempo é tão ímpio
Ah, esse amor de carnaval
Quiçá para vida inteira
Ou por mero momento
Nasce de tão insignificante centelha
Que abruptamente torna-se chama faceira
Que ousada alcança o firmamento
Ah, essa forte emoção, casual sensação
Sorrateira, vilã de minhas decisões
Laço de tantas relações
Desfavorável ao ódio
Esse improvável e tão óbvio
Desejo de qualquer coração
Ah, esse amor
Que rege o meu sabor
Ah, esse calor
Esse doce ardor
A todos que me lêem um forte abraço e que Deus lhes abençoe e ilumine sempre!