QUANDO O AÇO VIRA INOCENTE GELATINA.

O amor aclama, desenflama, reclama,

faz da alma gato e sapato,

faz Deus virar barata-tonta.

O amor atalha, se espalha, atrapalha,

faz da sorte vaso furado,

faz Deus virar criatura errante.

O amor arregaça, estilhaça, esmiuça,

faz do aço inocente gelatina,

faz Deus errar a receita.

O amor liga, instiga, desfiga,

faz a flor ficar desnuda,

faz Deus se arrepender de ter nascido.

O amor é soco, nega troco, é reboco,

faz o pecado parecer redenção,

faz Deus trocar a pele pelo coração.

O amor dilata, desacata, mata,

faz a vida ter vertigem, virar ferrugem,

faz Deus reconhecer que tudo valeu a pena.

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Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 20/05/2012
Reeditado em 20/05/2012
Código do texto: T3677801
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