Poema de Beijos

Anseias que busque, pelas madrugadas

Estendidas ao vento em cordéis de roupa

Desejas que lute, na guerra sem espadas,

Mas nas tuas mãos, tão frágeis, fechadas

Morrem sufocadas, palavras sem boca.

Receias que solte esta vil mordaça

Na trama dos dias, nos doces venenos

Levei-te por dentro tão cheia de graça

Bebendo-te o vinho, lambendo-te a taça

A triste desgraça dos sonhos Essénios.

Teimosa persistes, num passo inseguro

Escólios fictícios em flores de papel

E furas o tempo num gesto imaturo

Tropeças nas milhas, escorregas no muro

E cais no futuro a que chamas cartel.

Porque não te pintas em tons de Medina

E soltas no beijo as flores de veludo?

Quero-te apenas tão lassa, tão minha

Nesse corpo garça, de areia tão fina

Tão doce menina, meu pouco meu tudo.

Queria-te altiva no céu das gaivotas

Prender-te no sangue, criar-te desejos

Amar-te por dentro, compondo-te notas

Erguer-te em troféu nas minhas derrotas

E rimar-te a vida num poema de beijos.

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Minha Linda S....., se no Passado não pudemos cruzar nossos caminhos, se o nosso Futuro é incerto ou até pouco provável, só nos resta viver o nosso Presente... e da forma mais pura possível. Este é o presente que eu sempre quis e sonhei para mim, juntando o passado e o futuro de sonhos com uma mulher que eu pudesse amá-la com toda minha intensidade, sendo eu mesmo, como sempre desejei. D...

Regensburg
Enviado por Carlos D Martins em 20/05/2012
Reeditado em 20/05/2012
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