Poema de Beijos
Anseias que busque, pelas madrugadas
Estendidas ao vento em cordéis de roupa
Desejas que lute, na guerra sem espadas,
Mas nas tuas mãos, tão frágeis, fechadas
Morrem sufocadas, palavras sem boca.
Receias que solte esta vil mordaça
Na trama dos dias, nos doces venenos
Levei-te por dentro tão cheia de graça
Bebendo-te o vinho, lambendo-te a taça
A triste desgraça dos sonhos Essénios.
Teimosa persistes, num passo inseguro
Escólios fictícios em flores de papel
E furas o tempo num gesto imaturo
Tropeças nas milhas, escorregas no muro
E cais no futuro a que chamas cartel.
Porque não te pintas em tons de Medina
E soltas no beijo as flores de veludo?
Quero-te apenas tão lassa, tão minha
Nesse corpo garça, de areia tão fina
Tão doce menina, meu pouco meu tudo.
Queria-te altiva no céu das gaivotas
Prender-te no sangue, criar-te desejos
Amar-te por dentro, compondo-te notas
Erguer-te em troféu nas minhas derrotas
E rimar-te a vida num poema de beijos.
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Minha Linda S....., se no Passado não pudemos cruzar nossos caminhos, se o nosso Futuro é incerto ou até pouco provável, só nos resta viver o nosso Presente... e da forma mais pura possível. Este é o presente que eu sempre quis e sonhei para mim, juntando o passado e o futuro de sonhos com uma mulher que eu pudesse amá-la com toda minha intensidade, sendo eu mesmo, como sempre desejei. D...