Por favor, dê um sinal

Por onde andarás agora que a noite cai sobre a cidade?

seu celular só me conduz à caixa postal,

seu silêncio só me entristece a alma,

como posso conviver com sua ausência semanal?

Por favor, dê um sinal...

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As horas fazem girar os ponteiros do relógio,

o dia se esvai na areia do tempo sem você,

sua voz cada vez mais distante dos meus ouvidos...

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Por onde andarás agora que as avenidas estão vazias?

seu msn só me mostra o ícone em offline,

seu sumiço só me ressalta a preocupação,

como posso aceitar de bom grado seu desaparecimento?

Por favor, dê um sinal...

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As folhas envelhecem e caem das árvores a cada outono,

as estações seguem seu calendário cada vez mais aceleradas,

seu olhar cada vez mais longe dos meus sentidos...

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Por onde andarás agora que a tempestade passou?

seu telefone convencional cai na secretária eletrônica,

sua sombra consome a luz que outrora nos protegia,

como posso deitar e adormecer sem notícias suas?

Por favor, dê um sinal...

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O cronômetro já está marcando quase 24h,

os números correm como atletas em uma olimpíada,

sua presença fica opaca na imensidão de um universo milenar...

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Por favor, dê um sinal...