OCASO DE UMA LUA ...


Havia um certo ocaso no

brilho da lua,

porque agora nem a via...

escondida nas nuvens

que iam passando como

antigas procelas.

 

Seu encanto ia num crescendo

de lua crescente,

mas já se percebia nas

quebradas do cerrado,

aqueles espinhos que cortavam

até a alma.

 

Sua luz foi clareando depois

do temporal,

e de novo era de se antever

outra luminosidade

que vinha de uns matizes

que eu pouco divisava.

 

Eram como se fossem teus

olhos bem escuros,

e que como uma brisa quente

me alcançavam,

só para mostrar a diferença

de teus pensamentos.

 

Ali fiquei...absorto...pensando

nesta vida,

que indo e vindo...trazia de novo

lerdas sensações

de um passado que como um ritual

seguia igual.

 

Ah...lua...lua...vestal que encanta

profundos céus,

você já nem vem...com ardências,

e só quer ser mesmo lua cheia...

toda airada,

crendo na esperança de um

certo dia

cavalgar estrelas...desviar-se

dos cometas,

e depois seguir brilhante...

como um magno astro

murmurando em meu ouvido:

 

Viu? Eu consegui.

Olha lá o meu príncipe.

Gostou?

-

o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o

Autor : Cássio Seagull 18-05-12 SP

ca.seagull@hotmail.com

-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o