Trago-te meu amor
Na folhagem do trigo
a sede de te beber
gota a gota
vagarosa, no silêncio da saudade.
Trago-te meu amor
na retina que abraça
as pestanas da casa
e no canto dos meus olhos.
Só depois reparo
que me trazes
o canto dos teus olhos
em tons de lábios
aninhados no interior das pálpebras!