EU JÁ NÃO SEI SE SEI… (afinal voltei...) (Obrigado àquelas que numa altura delicada me deram a sua mão e voz, a vocês estou eternamente grato, vocês sabem quem são...)
Poema de amor do presente, do futuro…(letra para música) que poderia ser para Ti, mas que pode ser para a que vier, para quem o queira estimar, admirar, guardar ou tão somente escutar…
EU JÁ NÃO SEI SE SEI…
Sentir
Ou mesmo respirar
Sei que amo
Porque sinto a luz
De um diáfano Luar (refrão)
Eu já não sei se sei…
O que é meramente hipotético
Estou-te hoje a amar
Mas amanhã
Posso adorar
Outra que não conheço
Agora
Mas que poderá ser ela
Quem este fogo eterno
Possa apaziguar
Eu já não sei se sei…
Qual é o local
Do meu lugar
Sei que é algures
Talvez perto de ti
Onde eu finalmente em paz
Possa estar
Eu já não sei se sei…
Ler
Ou
Meramente escrever
Lirismos
Ou ficções
Tenho a sede da imensidão
Só acalmada
Pelo facto
De te ver
Eu já não sei se sei…
Caminhar
Voltar ao útero original
E de novo voltar a nascer
Começar a gatinhar
Eu já não sei se sei…
Ver as estrelas
Do céu
Reflectidas no teu olhar
Ir ao fundo do Universo
Onde dizem
Nada existir
E assim
Perante esta visão do nada
Invisível
Um homem poder enlouquecer
Voltar São
Com a essência da matéria
E com ela
Duma forma
Pura e cristalina te amar
Eu já não sei se sei…
Se um beijo
Te deva dar
Ou então somente
Pelo infinito indefinível
Te ficar
A admirar
Eu já não sei se sei…
Se o meu amor
Ou tão somente
Uma enorme amizade
Te deva ofertar
Estou no limbo de tudo
Ventre ultra-uterino
Onde gosto de estar
Eu já não sei se sei…
Como os meus demónios
Apaziguar
Eles vêem em hordas frias
Ou em ondas ternurentas
Que me estão sempre a enganar
Eu já não sei se sei…
Se há um som
Que eu possa
Ou deva escutar
São palavras ditas
Pelo meu coração
E traduzidas pela alma
Em doces timbres
Nos quais calmamente
E para sempre
Nas Planícies Celestiais
Um com o outro
Gostaremos de estar
Eu já não sei se sei…