PERDÃO

Perdão, meu amor,

por ser impuro,

por ser tão duro,

coração de pedra.

Perdão, meu amor,

por ser ingrato,

mau e intimorato

em te magoar.

Não temo te ferir,

mas, ao te ferir,

caio em trevas

e me perco no mundo,

cego, enlouquecido

por ciúmes vãos.

Não tema a minha raiva:

ela passa

e o que fica em mim,

fruto da insegurança,

é triste lembrança

das bobagens que disse.

Mas eu, menino,

hei de crescer

e ser mais feliz.

Perdão, meu amor!

Teu perdão

é quem há de me vencer...

Deodato
Enviado por Deodato em 02/02/2007
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