Falas da Elegia
Diante do voejo lunar.
A dor dilata-se, parece que dança
Pelas entranhas úmidas do pranto,
Fluindo baixinho, ressonando em cada partícula
Da lágrima que escorre vazia até a pauta sem cor!
Num fugido olhar,
A imagem na sombra se reflete
Elegia, nua e singular como a pétala
Planando pela brisa, a procura do canteiro,
Seleiro de seu outono madrigal!
Sob o olhar de minh’alma,
Entrego ao tempo meu tarô de elementos
Sabendo que cada carta contém uma história
Escrita pelo âmago, ensinada pelo destino,
Senhor de todas as quimeras, mestre do sentimento!
Será que em cada verso
Existe um mundo, um universo?
De alquimias mil,
Um castelo inundado de sonhos, construí
Sublimando em cada um, um sabor de comunhão
Salvo na pele, tatuado no espelho,
Jubilo pelo gostar!
O que sinto não vem dos ventos,
Vem da magia de viver!
É sensitivo... É amor!
Auber Fioravante Júnior
15/05/2012
Porto Alegre - RS