Cru

Cru

A fé não pode morrer, sou boi que

vai na frente.

Esperei que vieste ver, sou o aborto

da semente.

Vou ter que dizer que não sairei do

si, quero ter.

Já briguei por pouco pão, vou sair

do posso ser.

Quero comer o todo cru, estou com

saudade de Maria.

Era a mão do norte e do sul, saudade

esquenta e esfria.

Mas o tempo tá passando, não me

apaixono pelo ar morto.

Fiquei muito tempo voando, quero-te

sentir, te cativar no horto.

http://poetadefranca.blogspot.com/

O NOVO POETA. (W.Marques).