CROMA
CROMA
É azul, o mar.
É anil, o céu.
E na cor do seu olhar
Melancolia, A croma!
É verde, o sangue da flor!
É amarelo, o sol.
É sede de deserto.
E o Tempo nos vê passar...
Depressa o vento vem correndo
E rouba o rosa, a rosa.
E passeia no cinza dos cabelos
Da garotinha que é uma...
É azul, o mar.
É anil, o Céu.
As estrelas que brilham são a croma!
E na cor do olhar...
É laranja, o fogo.
É lilás, o vidro que se estilhaça!
No assalto do amor!
É violeta, a minha paz tão violenta!
É dourado, o Sol
É negro, o meu não
Tão afirmativo, o meu não!
Tão descolorida em você
É a prata, a lua
É vermelho, o sangue!
A Croma que apanha!
Não bate mais as asas.
Não nada mais no mar, azul
Não voa mais no céu, anil.
Não se alimenta do verde da flor!
A Croma
Acroma, é azul o nosso fogo!
Negras são, as nossas rosas!
Acroma, eu te amo tanto!
Eu sou, seu lacaio e sua lança!
Me jogaria de uma torre, cinza
Desconstruída em nossos sonhos!
A Croma, você que tem todas as cores
Todos os tons e as verdades...
Acroma, verde ficou o nosso céu.
Brancas são as nossas Íris.
Eu não sou mais seu, Acroma!
Que agonia no seu olhar!
Que me fulmina, me delimita
Sendo que eu em meu corpo
Não quero morar!
Quero a liberdade, O meu grito!
Sem opressão e hipocrisia!
A croma! Saia de mim
E me invada, com toda a sua coragem
De me enfrentar e me colorir!
A primeira de Maio. de um 2012 de cores que dilaceraram meus sonhos, tão desbotados, tão incolores. Diego Araújo, Ilusionista das palavras. Cada vez mais perdido nos espelhos. E cada espelho leva a um lugar, que eu nunca pensei visitar.