AMOR PERDIDO EM VIDA
Este teu descaso está mexendo comigo
Esta frieza esta falta de delicadeza
Não sinto mais este abrigo
O olhar manso a falta de entropia a luz acesa
O jantar esfriando na mesa
As dores de cabeça de sobremesa
Estás valsando noutro mundo
Noutra caricata redondeza
Não sinto a tua boca de “Buenos Aires”
Este vento gelado que cala no teu silencio
Estás em suspensão lendo Cantares de Salomão
Subterfúgios para fugires dos meus braços
Meus abraços se perdem na correnteza
Não sinto mais o arfar de teu peito
Estás noutro sujeito deitando noutro leito
Mármores frios e gelado saudades amenas
Morenas noites de passatempos se vão
O momento como a tormenta há de passar
Mecenas ainda sonha alto mais eu piso no chão
Eu que tanto amei
Digo aos que amam com o coração de rei
Tome cuidado com o perfume do amor que se perdeu
Não deixais criar raízes tão profundas no peito teu
Lembre-se do vaso abandonado
Depois que a roseira junto a tua flor morreu...