Pranto Solidão

Em meu semblante há uma tristeza aguda,

Uma indiferença que corrói o patamar de minha vida,

Agiganta-se um sol que rasga a consciência desenvolvida

E uma chuva que cai num solo infértil que não se aduba.

Em meu olhar o brilho fenece diante da melancolia

E as lágrimas rastejam seduzidas pela ilusão,

Já não sonho saudades, devaneio solidão

Gangrenado pelo assédio insensível de minha alquimia.

Indecorosa estiagem safena as veias do meu sentimento

E nem a mais fina agulha sutura a ferida do meu tormento

Deixando o sangue escorrer célere sem rastros de cicatriz...

Em meu peito há um coração que bate desolado

Acompanhando o tique-taque de um relógio mal amado

Que pranteia nos segundos do tempo a impossibilidade de ser feliz!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 15/05/2012
Código do texto: T3668342
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