*Envelope Fechado*

Sabido o que lhe precede

Rumo ao desconhecido

O leque balança o tempo

Como um pêndulo invertido.

Namoro meu próprio braço

Que namora a tua mão,

O portão está aberto

Entro sem um tostão.

O amor faz cara séria

Senta-se à mesa ao lado

Na toalha da rendeira

São só dois os convidados.

A colher serve o banquete

É fundo o que traz o prato

A coragem vê supresa

Um envelope fechado.

Nos olhares esverdeados

De um relógio sem ponteiros

O envelope é aberto

Tu e eu os dois inteiros!

Canos, 03 de novembro de 2006/RS

Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 02/02/2007
Reeditado em 08/07/2008
Código do texto: T366798
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