AMOR...PODER...TINO E DESATINO.
Pelos tentáculos do tempo acorrentado
Um pensamento em si mesmo arraigado
E as garras dos dias afiadas em segundos
Cortam em mim os milésimos de mim
Mas mergulho em tuas águas calmamente
E vôo sobre teu céu tal qual pirata do ar
Aprendo a me reconstruir em tempo no tempo
A consumir todas as imprecauções lentamente
No tino desses meus incontáveis desatinos
Não me fascina o poder de estar ou constar
E trilho lado a lado a toda essa indiferença
E com ela aprendo a medir novas indagações
Fluindo em meu interior todo elixir do recomeço
Palmilhando nos espaços vazias gotículas
Formadas pelo orvalho de madrugadas lacrimais
Na certeza do sorriso indeciso desse tempo vindouro
Onde as agruras dessas feridas serão então memória
Deste indescritível mar de sentimentos sentidos
Apenas vislumbro a vastidão contida no nada
E o todo do tudo se assenta em minha retina
Delineando imagens mais que definidas
Concedo-me o direito de dedicar-me á reflexão
Mesmo sabendo dos pecados da submissão
Imposta ao querer por instantes indiscutíveis
Inaudíveis vozes interiores a indagar-me
Perscrutando cada linha de meus sentimentos
Por que nada é como desejamos que fosse?
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