AMOR...PODER...TINO E DESATINO.

Pelos tentáculos do tempo acorrentado

Um pensamento em si mesmo arraigado

E as garras dos dias afiadas em segundos

Cortam em mim os milésimos de mim

Mas mergulho em tuas águas calmamente

E vôo sobre teu céu tal qual pirata do ar

Aprendo a me reconstruir em tempo no tempo

A consumir todas as imprecauções lentamente

No tino desses meus incontáveis desatinos

Não me fascina o poder de estar ou constar

E trilho lado a lado a toda essa indiferença

E com ela aprendo a medir novas indagações

Fluindo em meu interior todo elixir do recomeço

Palmilhando nos espaços vazias gotículas

Formadas pelo orvalho de madrugadas lacrimais

Na certeza do sorriso indeciso desse tempo vindouro

Onde as agruras dessas feridas serão então memória

Deste indescritível mar de sentimentos sentidos

Apenas vislumbro a vastidão contida no nada

E o todo do tudo se assenta em minha retina

Delineando imagens mais que definidas

Concedo-me o direito de dedicar-me á reflexão

Mesmo sabendo dos pecados da submissão

Imposta ao querer por instantes indiscutíveis

Inaudíveis vozes interiores a indagar-me

Perscrutando cada linha de meus sentimentos

Por que nada é como desejamos que fosse?

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 14/05/2012
Reeditado em 14/05/2012
Código do texto: T3667734
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