A minha esperança

Tu és a minha única esperança quando...

No silêncio da noite não consigo mais

Distinguir a minha própria voz.

Doces partículas inaudíveis

Silenciadas pelos meus fantasmas,

Demónios, talvez.

Tu és a minha única esperança quando...

Acordo com os sonhos desfeitos

Destruídos pela tempestade da vida.

Mortos renascem no teu olhar

Sob a luz das estrelas,

No beijo da lua.

Tu és a minha única esperança quando...

O teu toque liberta o meu corpo

De movimentos receosos,

Estudados.

Penso em não pensar,

Para que o 'nós' possa acontecer.

Seguras o meu coração com a tua vida.

Tu és a minha única esperança quando...

As minhas lágrimas, eternas vagabundas

Beijam com amor as minhas faces,

Declarando-se,

Rindo da minha dor.

Libertas de mim,

Tornam-se memórias sombrias.

Aquelas que apagas sempre

Que os teus lábios tocam os meus.

Tu és a minha única esperança quando...

A tua mão me guia no escuro,

Numa estrada que não conhecemos,

Sem retorno.

Tu és a minha única esperança quando...

Mesmo depois de as luzes se apagarem,

Tu, és tudo que eu vejo,

Amo.

Letícia Carvalho
Enviado por Letícia Carvalho em 14/05/2012
Reeditado em 14/05/2012
Código do texto: T3667590