Eco do Sentimento
Há cada gole,
Que em versos eu bebo
Mas do vento me deleito
Cultivando a letra feito semente
Semeada na terra, regada pelos céus!
Quando das páginas invoco,
A sapiência do orvalho cobrindo as pétalas
Envolvo-me num todo marejado em saudade
Sublimando da nostalgia a nota que desvenda
O verbo que o nome dá ao sentir!
Dogmas ou paradigmas,
Dão a folha o movimento da poesia?
Pelo silencioso bailar das flores da estação
Resgato da canção sua clave maior,
Colhendo do sustenido fragrâncias etéreas
Divagadoras do sempre, da vela que se propaga
Em luz neon do ser... Mística!
Fé, desafetos, amor, desamores,
Fragmentos para poema ou retratos do destino?
Recolhido aos prazeres da solitude
Deixo que o brilho das ruas me insinue
A imagem carregada no peito,
Na voz que vem dos elementos
Mostrando que o beijo dado ainda sente
O eco da estrela!
Auber Fioravante Júnior
12/05/2012
Porto Alegre - RS