Dois Estranhos

Dois estranhos até que íntimos demais,

Tentando encontrar no outro a paz

que perderam na escuridão de ser só.

Mas se perderam em si mesmos,

E não conseguem mais procurar.

Dois estranhos, vivendo de projeções

Do que acham ser viver, ter, amar.

Egoísmo disfarçado de altruísmo por amor.

Amor camuflado de casualidade indiferente.

Intensa mas incontestavelmente iminente

À ruína, que culmina, a conhecida dor.

nes_ste
Enviado por nes_ste em 12/05/2012
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