Trago em minhas pálpebras
Imagens de algum dia
Vejo aves solitárias
Ouço o riso das meninas
Sinto o cheiro de um perfume
Que mistura meus instintos
Com saudades esquisitas
Tenho a pele arrepiada
Meu palato em agonia
Mal sente a torta língua
Olhar turvo de ganância
Querendo levar ao cérebro
O desatino
Erra o caminho
Acaba no peito retumbante
É gozo de outrora
É lagrima do agora
Não distingo a figura
Será teu adeus de costas
Ou tua silhueta retornando
Não há tempo
Nem estrutura
Para o coração
No sentimento

 
Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 12/05/2012
Código do texto: T3663085
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