TORRE DE VIGÍLIA...

Farol da noite abençoada

Que o mar, em revolta profunda

Lançou inveja amaldiçoada

Cobrindo-lhe de lama imunda

Do cabo, ao porto mais distante

A tristeza deixou-se levar

Murmúrios das naus, e o instante

Do cortejo velado, ao altar

E o balanço revolto das águas

Desfrutava sorriso afim

Nas paragens, nas estalagens

Dita anseio, oh querubim

Mais o nobre, de forte que era

Revelou-se austero ao mar

Que de inveja jorrou-se nas pedras

Do rochedo, sustento pilar

O Guardião
Enviado por O Guardião em 01/02/2007
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