UM AMOR ARDENTE !
Meu amor dormente
Minha língua presa
Na boca
Minha carne
Fundada na cratera
Da língua que ateia
O fogo cruzado
Em encrencas.
Como faca amolada
Que jamais se apaga
Pela sua presença
Da luz de todo dia.
Voa-se no tempo
Na forma de começar
Tudo o que se faz
Deixando a impressão
De te encontrar
Na chama ardente
De sentir
O sabor do amor
De um sublime
Momento
Em todo o momento
Que tem a sua história.
Se não o viveres a tempo
Logo passa sem glória
E a vida se reparte
Em inúmeros momentos
Vividos no instante
Que e o momento.
Ainda que no momento
Tem uma tendência
A de nos jogar
Para o passado
Ou para o futuro
Em que possamos mergulhar
Nele por inteiro.