Cartas de dezembro

Longos os meios confusos

Dos dezembros de chuvas grosas,

De um tempo que dava calafrios,

A quem se atrevesse a não acordar

Foi o que foram ditas

Das cartas feitas á mão

De uma construção sólida

De quem ainda queria algum bem

Não era o dia de sorrisos

Acabando com tudo que foi dito

Nada seria tão fora do comum,

Quanto não dizer que houve um adeus

Somos tão ridículos quanto imaturos

Não vemos nossos erros de percurso

Nossa caminhada sem estrada,

Sem uma direção de certezas

O amor poderia ser mais real

Do que aparecia nos contos

As cartas deveriam nos acalmar no escuro,

Mas elas nunca chegaram até mim

Talvez por isso que foi o que não foi

Os gostos foram de acordo com a mudança,

As mudanças foram duras demais

Sem perceber o que se foi, se foi

Agora a volta ficou no ano passado

Ele por mais que se veja na TV

Fica difícil ter ele de volta pra vida real

Não foi do jeito que deveria ser o certo.

Naty Silva
Enviado por Naty Silva em 11/05/2012
Código do texto: T3662235
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