Cartas de dezembro
Longos os meios confusos
Dos dezembros de chuvas grosas,
De um tempo que dava calafrios,
A quem se atrevesse a não acordar
Foi o que foram ditas
Das cartas feitas á mão
De uma construção sólida
De quem ainda queria algum bem
Não era o dia de sorrisos
Acabando com tudo que foi dito
Nada seria tão fora do comum,
Quanto não dizer que houve um adeus
Somos tão ridículos quanto imaturos
Não vemos nossos erros de percurso
Nossa caminhada sem estrada,
Sem uma direção de certezas
O amor poderia ser mais real
Do que aparecia nos contos
As cartas deveriam nos acalmar no escuro,
Mas elas nunca chegaram até mim
Talvez por isso que foi o que não foi
Os gostos foram de acordo com a mudança,
As mudanças foram duras demais
Sem perceber o que se foi, se foi
Agora a volta ficou no ano passado
Ele por mais que se veja na TV
Fica difícil ter ele de volta pra vida real
Não foi do jeito que deveria ser o certo.