DO AMOR E DA NOITE

Sei que não aprendi o suficiente.
Erro muito.
Meus erros, primários como o vento.

Ainda brinco
quando é para ser incisivo
e abrir uma fenda
na muralha de teu sentimento.

Fico sério
quando o teu riso cobre
de luz e maviosidade
as trevas de uma noite longa.

Sei que não sei o necessário.
Calo quando devo falar,
falo quando devo calar
e sou inconveniente
nas horas de chorar.

Mas, como te amo,
passo a vida na escola
aprendendo o que é poesia
na dança de teus gestos.