AMAR...

Amar...

É ser o que se é mesmo quando não se possa ser

Com os olhas d’alma captar a imagem interior do outro

É deixar transparecer o que esteja implicitamente explicito

Sendo presa e predadores de uma mesma saga intrapessoal

Amar...

É doar até mesmo o que não se tenha no momento com sacrifício

Ou sofrer calado para ver o desabrochar do sorriso no outro

Buscar o impossível que está dentro daquilo que nos é possível

E não enxergar apenas o que se quer ver no outro alem de si mesmo

Amar...

E saber que nunca se conhecerá por completo o outro

Descobrindo as deliciosas aventuras dessas reticências

É vestir-se da nudez introspectiva do ser amado

Compartilhando e dividindo as tristezas e desventuras

Amar...

E entregar-se por inteiro não importando as conseqüências

Sabendo que momentos virão repletos de dor e de decepções

E que não existe a felicidade infinda em nossa humana jornada

Pois o sofrimento é tijolo do alicerce das muralhas da paixão

Amar...

É penetrar ao máximo no universo da pessoa amada

E não apenas na superficialidade das luzes de teu mundo

No afã de quer muito além do que ela lhe possa lhe oferecer

Por isso te amo, pois sei que és única singular e irrepetível

Amar é...