Provençal

Canto a Primavera

que o rouxinol anuncia

e as vozes do regato

que a Fada escondia

em cada fábula

que nossa infância

percorria.

Canto o Menestrel

precedente

e a chuva da noite

que fixa o perfume

das roseiras de Minas.

Canto outra Dulcinéia,

a nova estrela que estréia,

e noutro Rocinante

sigo a balada do outro

Cavaleiro Andante.

E mais Cantos

eu canto, pois eis

que brilham os olhos

da Princesa encantada

e riem-me os diamantes

da Marquesa dos Versos.

Canto ao Mundo,

canto à Vida,

já que de novo

o Tempo é largo

e comprido é o Rio

que ainda andarei.

Para C.