*SENHA*
Ponte longilínea, capturas do instante
Fugidio... sutilezas da indivisibilidade.
Quer do passo a correnteza ser passante
confluindo o sentimento que se sabe.
Inaugurando um mundo... mund’outro,
Contemporiza a partida adiada.
Veneza bela de sentir tão louco
É repouso... Nossa hora de chegada.
Risos que se quebram, então que venha
O inventário da memória que pondera
Desabotoando o abraço, que é a senha
Há tanto em mim guardado... Pudera!
Desejos sublimados... suspensão
Que o segredo abafado prometeu,
À ponte inclinada em contrição
Entregar a ti... meu amor no teu!
Canos, 27 de janeiro de 2007/RS