DEIXA...
Deixa...
O riso solto de ontem,
Nesse agora feneceu...
Dores do corpo, dores da vida...
Prenuncio de despedida entre tu e eu?....
Hoje quero deitar-me no teu colo...
Só peço-te que me afagues...
Não queiras ardentes carícias...
Deixa que minha mão deslize
Suavemente
Em tua pele amada
Quero ver teu rosto num sorriso
Quero saber-te de olhos fechados...
A lembrar que gostamos de ternura...
Que somos carentes humanos...
Deixa que nosso encontro seja
A mais singela leveza...
Falemos da lua, do sol
Da beleza que há em nós
Que reluz também no mundo afora.
Deixa que a aurora nos desperte
Nesse enleio, abraçados...
Quero sentir-te ao meu lado
Ouvir o teu coração bater...
Deixa chegar o dia e entardecer
E depois a noite reinar...
Quero ver-te o rosto lindo,
Iluminado ao luar...
Olhar o céu calmamente
E ver o manto de estrelas
Deixar que o vento travesso
Despenteie-me os cabelos...
Mais tarde de tanto amor “ternurento”
Descansados...
Poderemos acender a chama
Do desejo e enamorados,
Sem conter os sentimentos,
Sem pensar no que não dá
Sem negar o que nós somos
Nada possa impedir
De nos dizer “eu te amo”
Pra então deixar fluir
Por mares nunca dantes navegados
A paixão contagiante
Dos amantes-namorados!