Amores

Gosto de amores fortes

E gosto de amores leves,

Aqueles que nos destroem

E aqueles que não nos ferem.

Quando nos olhos ardem

As delícias mais indecentes,

Quando na boca calam

Os poemas mais indulgentes.

O que não se pode conter

E se alastra como uma febre,

O que acalanta num sonho

E no pensar amanhece.

O que fulmega e castiga,

O que sossega e enobrece.

Seja na morte ou em vida

É tudo que se persegue

É tudo que se precisa,

Daquilo que não se pede.

Priscila Neves
Enviado por Priscila Neves em 07/05/2012
Código do texto: T3654564
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