SAUDADE TÂNTRICA
(Sócrates Di Lima)
O silêncio fala a voz da saudade,
Que retoca a face num veio de rio,
Que no remanso de sua liberdade,
No sal da terra deposita no mar seu cio.
Minha saudade sensual,
Minha saudade maluca,
Não tem igual,
Até me arrepia a nuca.
Minha saudade sem pudor,
De libido extenuada,
Saudade de amor,
Que chega na madrugada.
Saudade selvagem,
Que me rasga o peito,
Trazendo a imagem,
Dela, no melhor efeito.
Basilissa é minha saudade tântrica,
Cheia de suvidade em toques,
Que excita a alma romântica,
Sem retoques.
Saudade que faz tremer,
A carne quando vem,
Faz o corpo gemer,
Como se um dia de frio também.
Saudade que arranha a espinha,
Como se abrindo o peito,
Saudade da véinha,
Que me faz feliz desse jeito.
E se a saudade lacrimeja,
Sem derramar uma lágrima,
Mesmo porque é saudade que verseja,
Na alegria de ter saudade escrita na minha página.
E eu amo a saudade que ponteia,
No toque imaginário da viola,
Como a Lua que na noite verseia,
A poesia da saudade da mulher que me assola.
Saudade de Basilissa, que me faz assim,
De coração frágil e cheio de poesia,
No amor que ela tem por mim,
Que vem da madrugada e vai s'imbora com o dia.
Saudade cheia de carinho e ternura,
Saudade que faz espasmos na voz romântica,
Saudade de Basilissa é passado, presente e futura,
Esta minha saudade prazeirosa e tântrica.
Saudade que minha alma fecunda,
E faz os poros exalar o odor do prazer,
Que a alma e o corpo inunda,
De ternura e sauvidade de uma saudade tântrica.
10/05/2012 10:47 - Basilissa
na saudade tântrica o corpo fala , sente e transpira. respira o suor de corpos. faz da saudade de um , momento de dois.
Para o texto: SAUDADE TÂNTRICA(Poema para Basilissa n. 1.914) (T3650707)