Presente no Coração
Da melancolia,
Quero o voo do condor pelos andes
Planando feito folha de outono
Esperando a letra, a melodia acontecer!
Pelo quiçá dos ventos
Escorre a palavra febril juntando detalhes,
Criando quimeras da alquimia,
De uma noite nostálgica, de um amanhecer só!
Enquanto a chuva entalha seus castelos,
O verso escrito propaga-se pelo mar
Instigando o navegar guiado pela nuvem
Já aberta, já acomodando o alado corcel!
Onipresente n’alma,
A imagem do poema é nítida em cada estrofe
Seja ela sonata ou soneto de lira ou de luz,
Dança a esperança pelas lacunas do idílico!
Pelo traje dos devaneios,
Estreitou-se o laço entre gotas e carinho
Uvas e fruto do poema perfumando a guarida,
Sempre na brisa, na crista da poesia!
Da pétala flor,
O sussurro da dor, de sentir o pranto chorar!
Auber Fioravante Júnior
04/05/2012
Porto Alegre - RS