PELO FATO DE, A QUEM NÃO ME AMA, AMAR.

Quem dera eu pudesse,

Tal como um bom arquiteto projeta o edifício,

Também o meu destino planejar.

A felicidade em mim residiria, se esta autonomia tivesse.

É abstrato o meu concreto, não disponho deste artifício,

Pelo fato de, a quem não me ama, amar.

Jardim florido quis fazer da minha vida,

Das mais lindas e raras plantas ornar.

Mas as verdes mudas mucharam com lágrimas sobre elas caídas,

Pelo fato de, a quem não me ama, amar.

De sonhos a minha alma alimentei.

No enredo, rio em busca do mar.

Sou eu o rio que com mar não me deparei.

Pelo fato de, a quem não me ama, amar.

Ismael Loppes
Enviado por Ismael Loppes em 04/05/2012
Reeditado em 20/08/2018
Código do texto: T3649732
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