Poema 0960 - Castigo

Sua pouca esperança voa triste em um céu morno,

nas areias, trilhas de caminhos traçados por pés nus,

onde o vento faz ruídos desesperadores nos ouvidos,

os gritos param na garganta do infiel amor.

Põe o sol seu dourado sobre a pele quase negra,

toda alvorada é como ir ao inferno,

retoma a triste caminhada ao destino marcado,

sua busca não é de luta, apenas paz.

No ar um cheiro de perdão e liberdade,

seus olhos voltam ao céu em agradecimento,

seu oásis é de libertação,

o pulso ainda firme arrasta seu pedaço de corpo.

Um relâmpago repentino e todas as nuvens se abrem,

os velhos pecados aparecem gravados em uma tábua,

saindo dos seus pesadelos uma pequena chama alastra,

como se abandonasse à vida, do corpo vem o último suspiro.

31/01/2007

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 31/01/2007
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