Somente Amor

Basta fechar os olhos

Para emergir num mundo de sombras,

Fantasias, ilusões inebriadas, sonhos

Que passam pela esfera da caneta

E caem em lamentos sobre a cartilha!

Pelo fascínio das letras,

Aprendi a trazer de dentro do peito

E sentir à flor da pele, minhas dores,

Sabores, o grito que cala, não reprime,

Tão somente ama com ardor!

Poemas, jardins de pétalas épicas,

Ou um inferno de flores astrais?

Sorrisos, lágrimas, magia,

Labaredas do olhar do outrem...

Tudo é Poesia?

Já é noite por estas estrofes

Vinda de um novelo que ama,

Ama com alma embevecida, embriagada,

Num verso único, simples,

Alado de uma carruagem levando o etéreo sentir!

De Afrodite, quero a música para os ouvidos,

Vibrando como sempre nas entrelinhas

Entrelaçadas no âmago ser!

Apenas amor!

Auber Fioravante Júnior

03/05/2012

Porto Alegre - RS