O Baú: festejar para depois manter

Em um tempo, não muito distante,

falei para o meu amor de um tesouro

um misterioro tesouro no fim do arco-íris...

Falo do poema de outrora, Era uma vez o Amor...

Disse então a ela que descobri

o que havia de oculto naquele baú

talvez, não no fim do arco-íris...

mas no início, e um começo de um sonho.

O enigma daquele baú,

das estórias que ouvia na minha infância,

eu bem sabia de um tesouro que lá existia,

e por fim descobri que aquele tesouro era você.

Mulher da minha vida, revelada num piscar de olhos

sem que esperássemos, sem que procurássemos...

Logo, na euforia da descoberta,

o baú foi aberto, e o deslumbre do brilho do amor

nos fez jogar para cima e brincar com as moedas da paixão,

com o novo, com a felicidadae, com o encanto das almas.

E assim foi por um tempo, sorrindo, pulsando forte, se arriscando...

Foi então que a minha amada me devolveu a continuação da estória...

Queriam Deus e o destino nos proteger sempre,

e agora, com a paixão mais comedida,

com o amor mais maduro, o meu amor me propõe:

Já é hora de guardar as moedas da paixão e do encanto...

Prudência e cautela sempre nos rodearam. É verdade...

mesmo quando viviamos e sobreviviamos a altos riscos.

Tem sido triste e doloroso recolher do chão

todas as moedas de ouro do nosso amor

e guardá-las, uma a uma, no baú do arco-íris.

Mas agora ele é somente nosso. Meu e dela.

Manteremos ele protegido e sempre cheio de moedas.

Às vezes fechado ele tem sido para o nosso bem,

e por um pouco, entreaberto também, pois a sede é eterna.

E de vez em quando abriremos completamente este baú

que tem as moedas do amor de ouro de nossas vidas

para assim vivermos novamente tudo,

O carinho, o toque, o olhar apaixonado,

Para relembrarmos...

Como um cântico ao nosso amor

sempre será maravilhoso abrir este baú que nos deslumbra e encanta.

Descerrar e penetrar novamente este tesouro do amor de nós dois,

agora com mais prudência, mais realismo

e mais certeza de que este baú, cheio dos tesouros

dos nossos sonhos mais velados e mais antigos,

nesta hora... no tempo que se chama hoje,

ele é todo nosso... para sempre.

E para completar este novo começo entre nós (porque nada acabou)

relembro um quinhão do que Era uma vez o Amor

o poema do primeiro arco-íris:

E hoje, a cada dia que vejo o arco-íris eu penso:

Agora, no fim dele, não há mais tesouro, não há mais um baú,

Pois este tesouro finalmente está acalentado em meus braços:

Você é o meu tesouro.

Obrigado por colorir o meu mundo com as suas cores,

com o seu sorriso, e com seus olhos que foram,

assim como os meus, os porta-vozes da felicidade adormecida,

ainda que por um caminho contraditório... ainda que proibido.

E nos saudosos códigos e siglas de nós dois, digo mais uma vez:

EAVPS ML.

Carlos D Martins
Enviado por Carlos D Martins em 03/05/2012
Reeditado em 03/05/2012
Código do texto: T3647920
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