CONFESSIONÁRIO

Eu já falei tanto do amor. Sempre a minha maneira

Eu já contei dos segredos meus

Contei das mulheres que amei.

Eu contei até das que nunca tive. Mas sempre sonhei

Eu já me descrevi criança. Contando estórias...

E por muitas vezes, aqui eu chorei

Eu sempre, entre uma palavra e outra, fiz-me de ator

Fui palhaço e até cantor

Vesti-me de arlequim muitas vezes.

Tudo sem perceber que na maioria delas

Eu não passei de um maluco sonhador

Foi aqui, nessas pobres folhas virtuais, que eu de corpo nu...gozei!

E foram tantas essas vezes, que de verdade...eu sequei

Quantas madrugadas em que eu, embriagado de vida, gritei

Ainda que ninguém ouvisse. Ou nem mesmo pudesse ler

Eu pra Deus...me confessei!

Hoje...

Sem nem saber por que, eu quis silncio.

Mas nesse balaio de mentiras que a vida é

Vou contar a única verdade que me resta:

“poetas não passam de fofoqueiros de si mesmos”

luis lopes
Enviado por luis lopes em 02/05/2012
Código do texto: T3646239
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