CONFESSIONÁRIO
Eu já falei tanto do amor. Sempre a minha maneira
Eu já contei dos segredos meus
Contei das mulheres que amei.
Eu contei até das que nunca tive. Mas sempre sonhei
Eu já me descrevi criança. Contando estórias...
E por muitas vezes, aqui eu chorei
Eu sempre, entre uma palavra e outra, fiz-me de ator
Fui palhaço e até cantor
Vesti-me de arlequim muitas vezes.
Tudo sem perceber que na maioria delas
Eu não passei de um maluco sonhador
Foi aqui, nessas pobres folhas virtuais, que eu de corpo nu...gozei!
E foram tantas essas vezes, que de verdade...eu sequei
Quantas madrugadas em que eu, embriagado de vida, gritei
Ainda que ninguém ouvisse. Ou nem mesmo pudesse ler
Eu pra Deus...me confessei!
Hoje...
Sem nem saber por que, eu quis silncio.
Mas nesse balaio de mentiras que a vida é
Vou contar a única verdade que me resta:
“poetas não passam de fofoqueiros de si mesmos”