Moradia do amor
Moradia do amor
Há, minha casa tem,
portas, janelas e paredes
e numa delas pendurei uma aquarela
de um ilustre pintor deconhecido.
O murmurrar do vento afinado nas cortinas
entra, passa, nas frestas do assoalho,
esconde o amor,que finge que tinha ido.
Relicário suave, o deslizar do dia
manhã fria, o orvalhar da noite
enfeitou de luz as minhas lindas margaridas
que sorrindo, contam o segredo do amor fugido.
Revenge, minha vez então,
audaciosamente abro o portão
a chave ainda na mão, nem tempo dá,
o amor adentra, luminoso,
tremulo, ansioso no meu coração.
Lakshmi
(L.T.)