Moradia do amor

Moradia do amor

Há, minha casa tem,

portas, janelas e paredes

e numa delas pendurei uma aquarela

de um ilustre pintor deconhecido.

O murmurrar do vento afinado nas cortinas

entra, passa, nas frestas do assoalho,

esconde o amor,que finge que tinha ido.

Relicário suave, o deslizar do dia

manhã fria, o orvalhar da noite

enfeitou de luz as minhas lindas margaridas

que sorrindo, contam o segredo do amor fugido.

Revenge, minha vez então,

audaciosamente abro o portão

a chave ainda na mão, nem tempo dá,

o amor adentra, luminoso,

tremulo, ansioso no meu coração.

Lakshmi

(L.T.)

Laskhmi á Deusa
Enviado por Laskhmi á Deusa em 01/05/2012
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