A VISÃO DO AMOR
Teu olhar,
vende-me hipnótica
desvendar teus enigmas
e escrituras enfurecidas.
Minhas dores se transmutaram depois de ti!
Cegas e intensas em falsas intenções:
não mais
apreender-te em espaços sensíveis;
em dramas metafísicos....
Tua rapines de mulheres livres,
línguas e espíritos!
És mais que Deus-menino
e eu excomungada;
anulada aos teus sentidos demoníacos,
impeço o tempo,
virar tua página.
Ao passo que o éter
me oferenda nauseosos alívios,
com outros frascos e cartelas controladas,
de letárgicos lírios.
(RODRIGO PINTO)