QUERIA EU SER POETISA.

Não sei fazer poesia.

Queria eu ser poetisa.

E em meus versos,

eu te sucumbiria,

mas não sou essa poetisa.

Tenho minhas dislexias.

No mais, são rimas tortas,

como as ondas do mar,

que nunca sabem com se portar.

Já tentei ser poetisa.

Ah, como foi desastroso.

Você entendeu aquele soneto?

Talvez não. Oh, poeta...

Talvez porque o fiz as escondidas de ti.

Não queria que soubesses

de minhas dislexias,

de querer tanto ser teu dia...

Fiz por querer,

eu sei, mas me perdi

e não deu para pedir

socorro ao meu eu.

Ele estava tão envolvido

em sua incumbência,

que se esqueceu

de lembrar-me, que soneto

é muito mais que rimas,

métricas, versos.

É antes de tudo a essência

do amor em poéticos versos.

E no universo do meu soneto,

faltou a intensidade da essência;

faltou nos versos, meu anjo,

mas não em mim,

O meu amor por ti é para eternidade!

Ao amor que nunca tive e nunca terei, mas sei que ele existe!

Edna Maria Pessoa.

Natal-RN, terça-feira, 01 de maio de 2012