Sumiço
Nada nesta vida me perturba mais que a tua ausência.
Sentida por minha pessoa na profundidade
Do poço da humana existência.
Porque abandonas quem tão bem te quer? Tanto te deseja!
Somes das vista que tanto te prezam? Nunca de te ver se cansam!
Fazes assim para ser notada?
Tola presunção a minha de que na sua falta
Eu sentiria a minha vida libertada.
Tu és a minha porta de entrada
Para a doce vida escravizada.
Sem tua presença sou exatamente como estou:
Tristonho, ausente, preocupado, um louco rejeitado.
Vens e não sumas mais!
Pois sem ti sou menos que o nada,
Um vago torpor na fria madrugada.
Saibas que tua ausência já é mais do que notada
E é ela que me não mais faz falta.