Carta de alforria
Ontem eu escrevia
A minha carta de alforria.
O meu silêncio disse: - Não...
Quando, isso, eu mais queria.
Deixei tudo o que sentia
Guardado no coração.
O meu corpo todo tremia,
Tamanha a desilusão.
Minha boca sufocou,
A vontade de gritar...
E os meus braços me abraçaram,
E também me acalmaram;
Para que eu pudesse agüentar...
Mas o grito melancólico,
Ecoou na minha alma,
Frio, triste, silencioso.
Saído das profundezas,
Da alma que também chora,
Por toda a sua tristeza.
Ser escrava não aceita...
A liberdade, é como um grito,
Não pode ser sufocada;
Se for, fica tão triste,
E morre... Se confinada...
"Ousei Escrever Poesias 2"