Carta de alforria

Ontem eu escrevia

A minha carta de alforria.

O meu silêncio disse: - Não...

Quando, isso, eu mais queria.

Deixei tudo o que sentia

Guardado no coração.

O meu corpo todo tremia,

Tamanha a desilusão.

Minha boca sufocou,

A vontade de gritar...

E os meus braços me abraçaram,

E também me acalmaram;

Para que eu pudesse agüentar...

Mas o grito melancólico,

Ecoou na minha alma,

Frio, triste, silencioso.

Saído das profundezas,

Da alma que também chora,

Por toda a sua tristeza.

Ser escrava não aceita...

A liberdade, é como um grito,

Não pode ser sufocada;

Se for, fica tão triste,

E morre... Se confinada...

"Ousei Escrever Poesias 2"

Carmen Di Moraes
Enviado por Carmen Di Moraes em 30/04/2012
Código do texto: T3641737